Gerenciamento Holístico de Risco

Os investidores pagam um prêmio para empresas que melhor souberem lidar com riscos; mas correr riscos pode fazê-las cair de joelhos. Como equilibrar-se?

Frequentemente, observamos as sérias consequências de frustrar expectativas da sociedade e investidores, e empresas veem o valor de suas ações caírem. Somem-se exigências de regulamentação e controle, e fica evidente porque a gestão dos riscos deveria ser importante para altos executivos. Afinal, é deles o mandato por crescimento sustentável e o não-cumprimento desse preceito é uma quebra da responsabilidade confiada. Mesmo que lucros e preços das ações estejam saudáveis, a busca por resultados está mais arriscada. O âmbito expandido de negócios traz maiores oportunidades e complexidades; e por sua vez maior potencial de as coisas darem errado.

Mesmo necessário, provisão financeira de perdas embute limitações se aplicada isoladamente: é passiva (trata consequências), coloca foco sobre riscos específicos (não em todos) e não gera vantagem duradoura etc.

É preciso adotar estratégia diferenciada para cuidar dos riscos com eficácia. Gerenciamento holístico dos Riscos Empresariais leva em conta ameaças internas e externas e programas de atenuação como um todo.

Afinal, sem risco não há recompensa.
Ref: Schneier e Miccolis, HSM, Set,98

Sobre Como as Nações Enriquecem

Por volta de 1820, o avanço econômico se acelerou de modo perceptível pelo impulso (até então inédito) de inovações tecnológicas e poderoso incentivo ao crescimento econômico; com aumento da produtividade e consumo. Entretanto, cabe destacar aspectos necessários para que uma sociedade se desenvolva:

1.Direitos a Propriedade: Inovadores e comerciantes precisam de garantias de que seu trabalho não será arbitrariamente confiscado, e que terá direito de manter a justa recompensa por seus esforços.

2.Racionalismo Científico: O processo inventivo requer pensamento raciona estruturado, observação empírica e ferramentas que sustentem o avanço tecnológico.

3.Mercados de Capital: o capital continua a ser necessário para o desenvolvimento de projetos e ideias. Raros empreendedores dispõem do dinheiro necessário para a produção em massa daquilo que inventam, e o crescimento se torna impossível sem o capital oferecido por fontes externas.

4.Transportes e comunicações rápidos e eficientes: Inovações se estabelecerão desde que se possa levar produtos de modo rápido e barato até os consumidores.

Uma nação poderá prosperar quando esses fatores estiverem disponíveis. Em qual estágio de maturidade estamos em relação a esses fatores? Ref: W. Bernsatein

Número de Ataques Cibernéticos no Brasil Quase que Dobrou em 2018

Segundo dados do 4º Relatório de Segurança Digital no Brasil elaborado pelo dfndr lab, especializado em ciber-segurança da PSafe, foram detectados 120,7 milhões de ataques cibernéticos no primeiro semestre de 2018, representando crescimento de 95,9%.Nos últimos três meses do ano, foram registrados 63,8 milhões de links maliciosos, aumento de 12% em relação ao começo do ano.

O documento ainda mostra que o campeão de golpes são links em apps de mensagens. Ao todo, 57,4% dos ataques foram de phishing, quando o usuário é convidado a clicar em link que julga ser real. Em segundo lugar, os golpes com publicidade suspeita somam 19,2% dos casos.

Se comparados ao total da população brasileira (IBGE), projeta-se que um em cada três brasileiros pode ter sido vítima de cibercriminosos – somente entre os meses de abril, maio e junho de 2018. Some-se a isso o fato de terem sido detectados oito links maliciosos a cada segundo do último trimestre – mais de 28 mil detecções por hora (!!). Emilio Simoni, diretor do laboratório.

Os programas empresariais de gestão de riscos cibernéticos começam com o desenvolvimento da cultura e atitude de segurança dos indivíduos.

Como Riscos Emergentes Podem Afetar as Estratégias de Negócios na Logística?

Anteriormente, mencionamos que a Logística 4.0, IoT, LGPD, GDPR, Comércio Eletrônico e Ataques Cibernéticos são apenas algumas das implicações relacionadas ao transporte de carga.”

Operadores logísticos deverão preparar-se para lidar com avanços tecnológicos, e a análise de dados (“Big Data”) irá desempenhar um papel importante, tanto na eficiência operacional e previsão de demanda, assim como as tendências de aumento da robotização.

Em terminais de container, os sistemas de gerenciamento de carga, descarga e pátio passaram a cumprir missão crítica para atingir os níveis de eficiência e escala exigidos para essas operações. Entretanto, os exemplos de ataques cibernéticos de grande repercussão se repetem.

Armadores deverão continuar a busca por eficiência em seus navios, incluindo ganhos derivados de sistemas de controle automático ainda mais extensos e autônomos. O curioso é que as mesmas inovações que contribuirão para mudar a dinâmica dos processos logísticos podem ajudar no estabelecimento um novo patamar de riscos.

O aproveitamento de oportunidades exigirá analise aguçada dos Riscos Emergentes e implicações em toda cadeia logística, incluindo interdependência de operações e potenciais interrupção de negócios e lucros cessantes associados.

Cyberattack to Financial Capabilities & Critical National Infrastructure

Since the financial crisis 2008, regulators, risk managers and central bankers have stablished mechanisms to withstand financial shocks.

Decades later, next crisis might not come from a financial shock at all. The more likely offender might be a cyberattack causing disruption to financial capabilities and services around the world, with collateral damage in a
wider attack on critical national infrastructure.

Such attack could shake global financial services, causing banks, businesses, but also causing consumers to be confused or panicked, which in turn could may impact the economic activity.

Recall from long list we have: Sep 2016, once dominant Internet giant announced the biggest data breach in history affecting 3 billion user accounts.

Nov 2018, hotel chain announced stolen data on app 500 million customers – contact info, passport number, travel and personal information.

May 2014, online auction giant reported cyberattack exposing names, addresses, dates of birth and encrypted passwords of all of its 145 million users.

How to prevent such scenario? Companies must implement means to detect and stop the spread of a cyberattack contagion, and to resume operations as rapidly and smoothly as possible.

Post your perception regarding describe scenario: Plausible or Remote (?)

#riskmanagement #risks #riskveritas #financialcrisis #crisis2008#financialshocks

Prêmio para Transporte Aumenta 30%

A vertiginosa escalada de roubos de cargas nos últimos anos alterou a relação entre as seguradoras, embarcadores e transportadoras. Em razão do alto risco de determinadas cargas e das falhas dos planos de gerenciamento de risco (PGR), algumas das mais importantes companhias deixaram de operar no ramo transportes e as que permaneceram aumentaram o seu rigor nas exigências, provocando um aumento médio nos prêmios que pode chegar a 30%, principalmente nos trajetos que incluem as regiões metropolitanas de São Paulo e do Rio de Janeiro.

A questão torna-se dramática em razão da obrigatoriedade legal dos embarcadores contratarem as modalidades de seguro transporte nacional e RCTR-C, que cobrem perdas e danos causados às mercadorias. Porém, a cobertura de roubo é opcional e é esta cláusula que tem encarecido as apólices. “Hoje, é comum consultarmos 15 seguradoras e recebermos apenas três ou quatro cotações. As companhias não querem participar dos riscos”, afirma Eduardo Michelin, diretor de seguro de transporte da corretora Willis Towers Watson, que conta com 250 clientes, 70% deles donos de cargas. Entre as seguradoras que abriram mão estão Liberty, Zurich e Generali. Em paralelo, houve uma consolidação do mercado – casos da compra da QBE pela Zurich e a aquisição da XL Group pela seguradora francesa AXA. Ambas as adquiridas atuavam no ramo de transportes.

Com menos companhias no mercado, as que ficaram aumentaram o grau de exigência. “Se não for apresentado um plano de gerenciamento de riscos, não há seguro. E isso significa custo para o embarcador ou para o transportador, nunca para a seguradora”, diz Antenor Ambrosio, diretor técnico da Associação Brasileira de Gestão de Riscos (ABGR).

De acordo com dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), os prêmios emitidos em 2017 nas modalidades obrigatórias transporte nacional e RCTR-C e no seguro facultativo RCF-DC (desvio de cargas) atingiram R$ R$ 2,4 bilhões ante R$ 2 bilhões no ano anterior. Os sinistros pagos no ano passado foram de R$ 1,4 bilhão com sinistralidade (relação entre sinistros e prêmios) de 0,66; em 2016, os números foram de R$ 1,4 bilhão e 0,71, respectivamente. As principais companhias são multinacionais, como Sompo, Chubb, Allianz e Tokio Marine.

Segundo Alfredo Chaia, diretor da International Risk Veritas, o aumento no volume de prêmios não representou aquecimento, e sim correção dos índices de sinistralidade e aperto das seguradoras nas apólices. “As perdas corroem a rentabilidade das seguradoras e os custos de reembarque afetam a imagem dos embarcadores e transportadores”, diz, lembrando que as seguradoras estão fazendo auditorias nas empresas de monitoramento remoto para checar falhas na fiscalização. “Se comprovadas, não pagam a indenização”.

Entre as exigências mais comuns nos PGRs, estão o monitoramento por satélite, com controle de travas, rastreador principal e secundário, definição prévia dos pontos de parada, horários restritos de circulação, iscas escondidas no meio da carga e presença de escolta armada. “Para fechar uma apólice, é preciso cada vez mais medir ajustar o gerenciamento de risco e estabelecer uma tabela de co-participação nos sinistros”, diz Sergio Caron, líder da prática de transportes da corretora Marsh.

As seguradoras admitem as medidas de precaução. “A princípio, não excluímos apólices, mas algumas necessitam de proteção adicional, como celulares e eletrônicos”, diz José Severiano de Almeida Neto, diretor adjunto de transportes da HDI Global.

Além das medidas de monitoramento, a companhia sugere diluir os tipos de mercadorias em cada viagem e não carregar valores altos no mesmo caminhão.

Segundo Felipe Smith, diretor executivo de produtos pessoa jurídica da Tokio Marine, o procedimento habitual é observar por três anos o comportamento do cliente no gerenciamento de risco. “Casos que não cumprem o PGR, não são renovados”, afirma.

Por Guilherme Meirelles

Fonte: https://valor.globo.com/financas/noticia/2018/03/27/premio-para-transporte-aumenta-30.ghtml