Riscos Geopolíticos na Cadeia Logística Global – Contexto Estratégico e Interdependência Sistêmica

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Logística

A correlação entre instabilidade regional e logística global se reafirma, enquanto a interdependência sistêmica revela a necessidade urgente de desenvolver redundâncias estratégicas nas cadeias de suprimento críticas.

Pouco tempo antes acompanhamos as tensões em torno do estreito de Ormuz – estreito entre o golfo de Omã ao sudeste e o golfo Pérsico ao sudoeste. Na sua costa norte está o Irã e na costa sul os Emirados Árabes Unidos e um enclave de Omã.

Na sequência, o contexto do Mar Vermelho exemplifica como riscos geopolíticos regionais podem gerar efeitos cascata em escala global nas cadeias de suprimento modernas quando expostas a chokepoints estratégicos.

Mapeamento de Riscos Primários: observam-se fontes de riscos geopolíticos direto com Milícia Houthi e ataques direcionados a embarcações pressionando risco operacional marítimo e redução de 55% no tráfego através do Estreito de Bab al-Mandab (79 navegações diárias em outubro/2023 para 35 em julho/2025), e consequente ruptura da normalidade operacional.

Análise de interdependência revela correlação direta entre a intensificação das tensões no Oriente Médio com aumento de ataques marítimos; aumento da percepção de risco com a redução do tráfego marítimo e aumento de prêmios de seguro.

Interdependência Sistêmica e Impactos Estratégicos na Cadeia de Suprimentos: A dimensão temporal dos impactos aponta para eventual reorganização de rotas comerciais globais; pressões inflacionárias em commodities e energia. Impacto nos just-in-time supply chains.

Primeira Ordem: Ataques→Redução do tráfego marítimo. Segunda Ordem: Redução do tráfego→Aumento de custos de seguro/frete. Terceira Ordem: Custos elevados→Rotas por Cabo da Boa Esperança. Quarta Ordem: Rotas alternativas→Pressão inflacionária.

Alguns setores críticos mais afetados incluem Energia: Petróleo e GNL do Golfo Pérsico para Europa. Commodities: Grãos, fertilizantes e matérias-primas. Manufatura: componentes e produtos acabados.

Natural que dentre as estratégias de mitigação e gestão de riscos de nível operacional apontem para diversificação de rotas alternativas e custos associados, desenvolvimento de corredores alternativos via Cabo da Boa Esperança; ou exploração de rotas terrestres.

No longo prazo podem ocorrer redesenho estrutural de cadeias de suprimento; diversificação geográfica de fornecedores.

Lições Estratégicas: mais uma vez, destaca-se a necessidade de desenvolver resiliência sistêmica, implementar diversificação geográfica; além de manter capacidade adaptativa para choques exógenos.

Conclusão: A interdependência entre riscos geopolíticos e operacionais demonstra como eventos localizados podem ser disruptivos com efeitos globais em cascata.

A gestão eficaz destes riscos exige uma abordagem holística que combine análise geopolítica, diversificação operacional e instrumentos financeiros de proteção. Risk Veritas

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