Riscos Sistêmicos: Impacto Invisível que pode redesenhar o Jogo Global.

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O mundo segue interconectado, e decisões que afetam o comércio internacional não são fatos isolados, mas gatilhos de reação em cadeia com potencial para desestabilizar setores, redefinir mercados e comprometer estratégias.

Como na pandemia, a escalada da guerra tarifária revela que não enfrentamos apenas riscos localizados, mas fenômeno com características sistêmicas. É sobre como lidar com forças com potencial de alterar a lógica das cadeias globais de valor. Alguns poucos exemplos:

Realocação da produção: diversos setores analisam sobre como origens mais afetadas realocarão capacidade ociosa; e efeitos dessa produção sobre outros países e planejamentos industriais.

Volatilidade cambial: das commodities impõe incertezas sobre custos, contratos e rentabilidade. O setor de celulose, prevê instabilidades vez que USA é o 5º maior importador.

A indústria do alumínio: avalia como as tarifas limitarão o acesso de produtos de maior valor agregado – que sustentam margens e inovação.

Setores econômicos voltados a serviços, mas interdependentes a produtos afetados, também avaliam o efeito em cada modelo de negócio.

Mudanças bruscas no comércio internacional sempre trazem reflexos para a logística, principalmente no transporte marítimo de carga; e navegação, shipping, terminais portuários enfrentam desafios para projetar os impactos aos fluxos de carga globais, nas rotas comerciais e nos preços de frete.

Quando o Contexto se Torna o Maior Inimigo: O risco sistêmico é, por natureza, difícil de isolar ou controlar. Ele não depende de falhas internas, mas da forma como o ecossistema reage a pressões externas. E aqui está o ponto cego: muitas empresas olham para os riscos como eventos isolados, departamentais ou operacionais, quando o que enfrentamos é um choque de contexto.

A consequência? Decisores sendo surpreendidos, investimentos congelados ou desviados, rupturas de suprimento, contratos impactados, e o mais crítico: perda de competitividade em mercados-chave.

Hora de Reposicionar a Estratégia de Riscos: Não basta mais identificar riscos. É preciso compreender como eles interagem, como reverberam, e como podem ser mitigados de forma sistêmica. Isso exige capacidade da liderança para decisões ágeis e embasadas com:

– Mapeamento de exposição a mercados sob risco geopolítico e tarifário; e diagnóstico de interdependências críticas da cadeia de valor

– Modelagem de cenários com simulações econômicas e logísticas

– Planos de contingência com visão global e local integrada

Para Refletir: O mundo voltará a ser o que era antes das guerras tarifárias? As empresas estão preparadas para surfar ou serem engolidas pela próxima onda?

Considerando que a demanda não é inelástica; os riscos e incertezas são muitos. Empresas que adotarem postura passiva ou reativa poderão ser substituídas por players mais resilientes e mais preparados para enfrentar a incerteza.

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