Dinâmica do cenário global e a formulação de estratégias corporativas resilientes

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A dinâmica do cenário global exige uma análise contínua e aprofundada para a formulação de estratégias corporativas resilientes.

O relatório “Risk in Focus 2026 Global Summary” (4.000 executivos, 131 países) oferece alguns insights. A compreensão dessas tendências contribui para formar entendimento das ameaças e vulnerabilidade de cada organização.

1) Cibersegurança persiste como prioridade em todas as regiões e na maioria dos setores. Regiões como América do Norte e a Europa impulsionam essa média global, com classificações acima de 80%. A ubiquidade das ameaças cibernéticas, a crescente digitalização e pela sofisticação dos ataques impõem atenção contínua, defesas robustas, governança de dados e capacitação de equipes.

A proteção dos ativos digitais e da infraestrutura crítica não é apenas uma questão de conformidade, mas um pilar da continuidade dos negócios.

2) Disrupção Digital (e inteligência artificial e tecnologias emergentes) foi o segundo risco que mais rapidamente escalou (aumento de 9 pontos percentuais). Maiores aumentos na América Latina (+17 pontos percentuais) e no Oriente Médio (+12 pontos percentuais). O resultado pode sugerir a dualidade da inovação tecnológica e oportunidades sem precedentes; enquanto também introduz novas vulnerabilidades e complexidades operacionais.

A velocidade da mudança tecnológica desafia as estruturas tradicionais de governança e controle, demandando agilidade e expertise especializada.

3) Incerteza Geopolítica/Macroeconômica (+10 pontos percentuais) impulsionado por uma grande mudança na América do Norte (+19 pontos percentuais), acompanhada por aumentos substanciais na América Latina (+8), Europa (+6) e Ásia-Pacífico (+5).

A volatilidade das relações internacionais, as políticas comerciais e os conflitos regionais geram um ambiente de negócios imprevisível, impactando cadeias de suprimentos, mercados financeiros e a própria viabilidade de operações em certas geografias. A capacidade de antecipar e mitigar os efeitos dessas incertezas torna-se um diferencial competitivo.

4) Complexidade da Resiliência dos Negócios: Enquanto Ásia-Pacífico e o Oriente Médio (ambas com 58%) a classificaram como um risco prioritário; a América Latina (35%) e a Europa (39%) registraram classificações mais baixas para a resiliência dos negócios. Esta disparidade sugere que para alguns a resiliência é percebida como resposta intrínseca a riscos complexos, como a incerteza geopolítica, enquanto para outros pode ser vista como uma capacidade a ser desenvolvida ou fortalecida. A variação regional ressalta a importância de uma análise contextualizada.

A interconexão entre resiliência e outros riscos primários é evidente, e alerta sobre o óbvio – organização resiliente é aquela que consegue absorver choques e adaptar-se a um ambiente em constante mutação.

Cenário da América Latina: a confluência da Disrupção Digital e dos Riscos Geopolíticos é particularmente acentuada. Líderes de auditoria na região indicaram aumento nos níveis de risco para a disrupção digital, impulsionado tanto pelos riscos elevados de cibersegurança decorrentes da IA quanto pelo receio de ficar para trás na implementação de novas tecnologias.

Simultaneamente, as classificações de risco para a incerteza geopolítica também aumentaram, com as novas políticas comerciais anunciadas em maio de 2025 e repercussões significativas nas economias nacionais e nas empresas.

Reflexões: O Estudo revela um panorama de riscos cada vez mais interconectado e volátil. Incerteza, Riscos e resiliência dos negócios não podem ser gerenciadas em silos. A correlação e a interdependência entre esses fatores exigem uma abordagem integrada da gestão de riscos empresariais.

Conselhos e Executivos devem revisar estratégias, aprimorar modelos de análise e investir em capacidades que permitam não apenas reagir, mas antecipar incertezas.

Qual a sua perspectiva sobre a evolução desses riscos em seu setor ou região? Compartilhe suas reflexões.

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